E a gente só conhece bem as coisas que cativou.
Às vezes eu me ponho a imaginar em como as pessoas parecem e se dizem ser e como elas verdadeiramente são. Acho que muitos se esqueceram do significado da palavrinha cativar.
É tão difícil quando alguém cativa a gente (ou pelo menos quando a gente acha que determinada pessoa nos cativou) e depois isso se desfaz! Fica um sentimento tão difícil de definir. É como se despedaçasse uma partezinha lá dentro que foi construída com tanto carinho...
As pessoas deveriam vir com placas, com informativos, tipo: "Não se aproxime", "Não sou o que pareço", "Posso te fazer mal". Evitaria tanta coisa!
Mas quando nos sentimos cativados, deixamos de enxergar tudo aquilo que seja defeito, que seja feio ou que faça mal. Ficamos cativados pelo simples despertar de afeição a que somos submetidos. E é difícil, muito difícil DESCATIVARMOS.
Assim como nas palavras sábias de Antonie de Saint-Exupéry, as pessoas deviam sentir-se eternamente responsáveis por aquilo que cativam! E então o sentimento de culpa não ficaria só na gente, pelo desejo de querermos DESCATIVAR do outro!
"Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim, único no mundo, e eu serei para ti, única no mundo".Assim é cativar! É querer bem, é identificar-se com o outro, é perceber, aceitar e querer a particularidade daquela pessoa.
E o meu desejo é que mais pessoas saibam do real siginificado de cativar. Que elas tenham noção da responsabilidade que carregam consigo quando ao encontro de outrem.
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