quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Eu, tricotilomaníaca.


"A tricotilomania é uma necessidade irresistível de puxar os cabelos do couro cabeludo, da sobrancelha e de outras partes do corpo. Puxar os cabelos da cabeça acaba deixando o couro cabeludo com falhas, que as pessoas que sofrem de tricotilomania normalmente se esforçam para disfarçar. Cerca de 1% da população adulta se enquadra nos critérios para diagnóstico da condição, sendo que as mulheres são as mais afetadas. As pessoas normalmente começam a puxar os cabelos compulsivamente no início da adolescência, mas essa não é uma regra. Quando combinada com a depressão, a tricotilomania pode causar problemas de funcionamento em situações sociais e profissionais."

Bem difícil controlar o distúrbio! E quando você apresenta um quadro de Trico desde a infância, as chances de cura parecem deixar de ser possibilidade um dia! É muito ruim ser um tricotilomaníaco. Pior ainda é tratarem você com descaso achando que é puramente uma frescura ou vício bobo totalmente capaz de ser controlado. Ou ainda quando simplesmente o tratam de LOUCO.
Não é loucura, não é frescura, não é falta do que fazer. Só quem possui o distúrbio sabe da aflição, angústia, vergonha e descontrole que se sente. Principalmente quando se é mulher. Olhar-se no espelho e ver os cantos "ralinhos", botar a mão na cabeça e sentir "espetar", ficar receiosa ao encostar no ombro ou peito de alguém, receber cafuné... tudo é constrangilmente chato.
Então porque continuar se autoflagelando dessa forma? Simplesmente porque virou incontrolável, porque traz sensação de alívio, relaxamento, prazer, bem estar e por ter virado hábito.
Como acontece


"Não se sabe exatamente que fatores interferem no surgimento da tricotilomania. Algumas pessoas manifestam o comportamento desde crianças, outras passam a arrancar os fios após algum acontecimento importante, estressante ou traumático. Acredita-se que fatores genéticos também possam ter alguma influência no surgimento do distúrbio.
Apesar das associações frequentes com stress e ansiedade, em grande parte dos casos o comportamento aparece em situações entediantes ou de forma “automática”, como um hábito, sem muita atenção dirigida ao que se está fazendo (os fios são puxados distraidamente enquanto a pessoa estuda, assiste televisão, fala ao telefone ou lê um livro, por exemplo).
Em outras situações o tricotilomaníaco procura por fios dentro de um critério específico (numa área definida da cabeça, com uma textura ou comprimento determinados, que pareçam arrepiados ou fora do lugar, que sejam brancos ou mais claros/escuros que os demais). Muitas pessoas dizem sentir tensão e ansiedade, seguidos por um grande alívio ao arrancar os fios e, mais tarde, pela culpa por tê-lo feito – o que aproxima o quadro dos padrões observados em um vício.
Normalmente o comportamento se manifesta quando o indivíduo está sozinho, e nem sempre o alvo são os cabelos: os pelos de outras partes do corpo também podem ser arrancados (sobrancelhas, cílios, barba, etc)."

Dicas para se libertar do problema


O que o paciente deve fazer quando sente a necessidade de executar seus rituais?

Na verdade a terapia cognitivo-comportamental exigirá um esforço grande por parte do paciente.
Algumas recomendações:

1.  Assim que surgir o primeiro sinal do impulso, prenda as mãos de 15 a 20 min (ou até  não sentir mais nenhuma aflição);

2.  Se sentir vontade de levar a mão à cabeça sem nenhum motivo razoável, evite ao máximo fazê-lo por pelo menos uma hora e meia (até "esquecer");

3.  Somente pegue nos cabelos quando for penteá-los ou caso deseje lavá-los. Se tiver alguma dúvida (se você está tendo um comportamento dentro dos padrões do que se considera um comportamento saudável)  observe como a maioria das pessoas se comportam com relação a pegar nos cabelos (com que freqüência fazem isso?) : é uma forma de constatar se o seu comportamento está sendo exagerado ou ñao;

4.  Procure ñao cair na tentação de ficar observando de perto os fios no espelho com a desculpa de que está verificando se estão crescendo ou ñao ou qualquer coisa  desse tipo ,e contenha-se de fazer novas verificações;

5.  Aprenda a perceber quando sua mente é invadida por obsessões - idéias fixas, medos ou pensamentos absurdos ou exagerados. Nesse momento, diga para você mesmo em voz alta "Pare", isso é irrelevante na situação em que eu me encontro ou ñao importa quanto tempo vou esperar, porque essa espera por mais dolorosa que possa vir a ser, para mim será o fim de um processo infinitamente inferior à satisfação de sentir os meus cabelos soltos e livres. Se ainda vier com uma vontade maluca de ir pro fim do mundo e arrancar TODOS os fios, sem se preocupar com o depois,  lembre-se que caso você pudesse fazê-lo estaria se expondo a uma situação desagradável (ficar careca longe de todos que você ama e que o amam!) e muito provavelmente em vão, pois a vontade ñao irá deixá-lo. Mesmo que você arrancasse o último pelo do seu corpo, ainda assim essa vontade estaria lá latente e mais faminta do que nunca depois da baita depressão que lhe sobreviria. Nesses momentos de total desespero procure distrair-se ocupando-se com alguma atividade prática. De preferência uma atividade artística ou física. Tudo é válido, desde que você possa, com o tempo, ir meio que transferindo esse seu  amor bandido (via de mão única a Trico te rouba seus melhores anos, a sua beleza e juventude, o poder de concentração, a vida social, as vezes até mesmo os amigos, compromete a evolução da sua vida sob inúmeros pontos de vista, e em troca de tudo isso você trata essa mania como um bicho de estimação, por talvez medo de sofrer ainda mais com as mudanças que essa cura poderá acarretar-lhe?! que absurdo isso!) para outras e novas práticas menos destrutivas e mais saudáveis!!! Com estas atitudes, é possível interromper o fluxo de obsessões;

6. Procure enfrentar as crises de Trico lutando avidamente consigo mesmo afim de superá-la.  Lembre-se de que, em pouco tempo, a ansiedade desaparece com a repetição dos exercícios;

7.  Quanto maior o tempo dedicado a estes exercícios e maior o número de vezes a eles dedicado, mais rápida é a redução dos sintomas;

8.  Monitore quando começa a puxar os cabelos. 
      Considere quais situações fazem com que você recorra a isso. Você puxa os fios apenas quando está deprimido? Nervoso? Confuso? Frustrado? Entender o que desencadeia a ação pode ajudá-lo a encontrar modos positivos de lidar com ela.
      No decorrer de duas semanas, anote sempre que perceber que está puxando os fios. Documente o que está sentindo e o que aconteceu no momento anterior.
  
 9. Anote como se sente ao puxar o cabelo. 
    Ao reconhecer os gatilhos, tente identificar o que pode estar reforçando o comportamento. Se você puxa os fios quando está ansioso e essa ação alivia a ansiedade, seu organismo a repetirá pois a associará a sensação de alívio.[4] Note como se sente durante e imediatamente após puxar o cabelo.
   Saber isso pode ajudá-lo pois, da próxima vez em que sentir ansiedade, você pode procurar outra estratégia de enfrentamento que o alivie. Esforce-se para tornar essa sua resposta condicionada à ansiedade, não os puxões de cabelo.
         Existem três fases distintas para quem sofre de tricotilomania. Nem todas as pessoas passam por todas as fases e você pode apresentar uma ou mais delas ao mesmo tempo:
         1. Você apresenta, inicialmente, uma tensão acompanhada pelo desejo de puxar alguns fios.
         2. Você começa a puxar os cabelos. Há uma sensação de alívio e de animação.
      3. Quando o cabelo é arrancado, você pode sentir culpa, remorso e vergonha. Você pode tentar cobrir as falhas no couro cabeludo com lenços, chapéus, perucas, etc. Eventualmente, as falhas ficarão óbvias para todos e você começará a se esconder, sentindo-se intensamente humilhado.

10. Examine os cabelos que está puxando. 
     Você os arranca pois não gosta de certos tipos de fios? Por exemplo, uma pessoa pode arrancar cabelos grisalhos compulsivamente por não gostar deles.
      Um modo de trabalhar com esse gatilho é modificar sua percepção desses cabelos. Nenhum fio é inerentemente ruim – todos os cabelos servem um propósito. Tentar modificar seus padrões de pensamento pode ajudá-lo a reduzir a necessidade de arrancar os fios.

11. Considere as influências da infância
    A causa inicial da tricotilomania pode ser genética ou ambiental. Pesquisadores encontraram similaridades nos gatilhos do transtorno obsessivo compulsivo e consideram que experiências perturbadoras na infância ou relacionamentos conturbados com os pais podem estar por trás do desenvolvimento do transtorno.
      Um estudo demonstrou que cerca de dois terços de quem sofre do transtorno experimentou pelo menos um evento traumático durante a vida, sendo que um quinto deles foi diagnosticado com transtorno de estresse pós-traumático. Isso levou à especulação de que puxar os cabelos é uma forma de relaxamento para algumas pessoas.

12. Consulte seu histórico familiar. 
   Ao procurar a fonte da tricotilomania, veja se há um histórico de transtornos obsessivos compulsivos, de ansiedade ou de tricotilomania na família. Há um risco maior de desenvolver o transtorno caso outras pessoas de sua família já o tenham desenvolvido.

13. Desenvolva um plano para se interromper. 
      A estratégia "perceber, interromper e escolher um método" pode ajudá-lo com isso. Ela consiste em perceber quando estiver arrancando os cabelos, interromper a cadeia de sentimentos e a necessidade de puxar o cabelo através da repetição de pensamentos positivos. Escolha então outro comportamento que o ajudará a relaxar.

14. Mantenha um diário ou uma tabela dos episódios em que arrancou os cabelos. 
    Escrever pode ajudá-lo a ter uma ideia melhor das horas, dos gatilhos e do impacto do problema. Registre a hora, o dia, o local, o número de fios que arrancou e o que utilizou para arrancá-los. Inclua seus pensamentos e sentimentos na hora também. Esse é um ótimo modo de deixar a vergonha de lado e expressar como puxar os cabelos está impactando sua vida.
      Ao calcular a quantidade de cabelos que arrancou, você pode ter um choque de realidade e entender a gravidade da situação: o resultado o surpreendeu? E quanto ao tempo que perdeu com isso, foi mais do que imaginava?

15. Escolha um modo alternativo de expressar suas emoções. 
    Após identificar os sinais de aviso e os gatilhos, escreva uma lista de comportamentos alternativos que pode tomar em vez de puxar os fios. Escolha algo simples e de fácil acesso. Algumas sugestões incluem:
  •     Tirar alguns minutos para esvaziar a mente.
  •     Desenhar ou rabiscar em uma folha.
  •     Pintar.
  •     Ouvir músicas que combinem com o que está sentindo.
  •     Ligar para um amigo.
  •     Realizar trabalho voluntário.
  •     Limpar algo.
  •     Jogar videogames.

16. Experimente um lembrete físico. 
     Caso esteja arrancando os fios involuntariamente, um lembrete físico pode ajudá-lo a interromper a atividade. Para uma barreira física, considere utilizar pesos no braço ou luvas de borracha.
      Você pode até mesmo colar alguns post-its nas áreas em que tende a puxar mais os cabelos. Eles podem agir como lembretes físicos.

17. Distancie-se dos gatilhos. 
    Apesar de não ser possível eliminar todos os gatilhos, pode ser possível reduzir um pouco a exposição a eles. Sua namorada é a causa por trás da maioria dos episódios? Talvez esteja na hora de reconsiderar o relacionamento? Seu chefe está causando todo esse estresse? Talvez esteja na hora de encontrar uma nova oportunidade para sua carreira.
    É claro que nem sempre é fácil identificar e se afastar dos gatilhos. Para algumas pessoas, a mudança de escola, a sexualidade recém descoberta, um conflito familiar, a morte de um pai ou até mesmo mudanças hormonais da puberdade podem estar por trás do comportamento compulsivo. Pode ser difícil, ou até impossível, escapar desses gatilhos. Se esse for o caso, continue a trabalhar sua autoaceitação, a treinar seus hábitos e a buscar ajuda profissional para lidar com o transtorno.

18. Reduza a coceira ou sensações estranhas na cabeça. 
    Utilize um óleo natural para relaxar os folículos e reduzir a coceira que pode estar desencadeando os puxões de cabelo. Escolha produtos completamente naturais, como uma mistura de óleos essenciais e óleo de mamona. Nunca utilize produtos químicos.
      Tome cuidado com produtos que prometem resultados rápidos. Não confie em tratamentos que prometem resultados instantâneos, pois a tricotilomania não pode ser curada da noite para o dia.
    Você também pode conversar com um médico sobre uma pomada anestésica para uso na cabeça. Isso pode ser útil caso seu gatilho seja uma sensação de coceira na cabeça. Em um estudo com uma adolescente de dezesseis anos, os especialistas descobriram que o uso de uma pomada anestésica combinada com a psicoterapia foi capaz de eliminar o comportamento da tricotilomania completamente.

19. Esteja presente no momento
    Arrancar os cabelos normalmente é resultado de uma recusa no enfrentamento de sentimentos desconfortáveis ou emoções negativas. Utilize técnicas de consciência para aceitar melhor essas emoções negativas ou desconfortáveis como parte da vida humana. Elas não necessariamente precisam ser evitadas. Quando a vontade insistente de evitar os desconfortos sumir, o ato de puxar os cabelos também diminuirá.
    Para realizar um exercício de consciência, sente-se em um local calmo e confortável. Respire fundo por quatro segundos, prenda a respiração por quatro segundos e expire por quatro segundos. Conforme continua a respirar, é provável que sua mente devaneie. Reconheça esses pensamentos sem julgamentos e deixe-os para lá. Retorne a atenção para a respiração.

    Muitos indivíduos afetados por esse transtorno tem pouca confiança ou baixa autoestima. Para melhorar isso, utilize a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). Essa abordagem terapêutica pode ajudá-lo a esclarecer seus valores e focar-se em suas metas. A construção da autoestima é uma parte importante da recuperação.
     Lembre-se de que você é uma pessoa maravilhosa e única. Você é amado e sua vida é preciosa. Não importa o que os outros dizem, você deve amar a si próprio.

21. Substitua pensamentos negativos por positivos. 
     Os pensamentos negativos podem acabar rapidamente com a autoestima e aumentar a vontade de arrancar os cabelos. Sentir-se menosprezado e ter medo do fracasso, entre outros pensamentos negativos, fará com que você se sinta incapaz. Comece a mudar esses hábitos mentais para se erguer e aumentar sua confiança. Esses são alguns exemplos de como você pode modificar o modo com o qual pensa sobre si mesmo:
  •     Digamos que você pense algo como "Eu não tenho nada interessante para dizer, logo todos pensam que sou patético". Pegue esses pensamentos maldosos e esforce-se para mudá-los corrigindo a si mesmo. Repita: "Algumas vezes eu não tenho muito para dizer e não há problema algum nisso. Não preciso manter os outros entretidos ou assumir toda a responsabilidade pela conversa."
  •     Substitua pensamentos críticos por produtivos. Por exemplo, esse é um pensamento crítico: "Não vou encontrar todo mundo para jantar. Da última vez fiquei com muita vergonha por conta daquele comentário. Eu sou tão burro!" Substitua-o por um pensamento produtivo: "Fiquei com muita vergonha no último jantar, mas sei que cometo erros e não há problema nisso. Não sou burro, apenas cometi um erro."
  •   Conforme pratica modificar esses pensamentos, você perceberá que sua autoestima aumentará junto com sua confiança.

22. Coloque suas forças e conquistas no papel. 
     Outro modo de começar a aceitar suas emoções e melhorar a autoestima é montar uma lista de suas conquistas e pontos positivos e consultá-la com frequência.
       Se está com dificuldades para montar a lista, converse com um amigo ou familiar próximo. Essa pessoa pode ajudá-lo com algumas ideias. Nenhuma conquista é pequena demais para a lista!

23. Esforce-se para se comunicar de modo assertivo com os outros. 
      Pratique para superar situações em que se sente desafiado, como por exemplo:
  •      Aprenda a dizer não. Se as pessoas estão fazendo exigências que não deseja atender, afirme suas próprias necessidades e desejos dizendo não.
  •       Não seja submisso. Não faça as coisas apenas para garantir a aprovação dos outros. Descubra o que é realmente importante para você.
  •      Utilize frases na primeira pessoa para assumir responsabilidade por suas emoções e reações. Por exemplo, em vez de dizer "Você nunca me ouve", diga "Me sinto ignorado quando você fica olhando para o celular enquanto conversamos."

24. Elimine algumas fontes de estresse. 
     Muitas das pessoas que sofrem com a tricotilomania apresentam o desejo de arrancar os fios por conta do estresse. Faça o possível para reduzir o estresse em sua vida e aprenda a controlar o estresse inevitável com técnicas de enfrentamento saudáveis.
      Faça uma lista das coisas que o estressam. Elas podem ser grandes, como dinheiro ou trabalho, ou pequenas, como filas compridas no mercado. Apesar de não ser possível evitar tudo, você pode minimizar a exposição que possui a certas coisas

25. Durma o suficiente. 
     Lembre-se de manter um padrão de sono regular, tentando dormir pelo menos 7 ou 8 horas por noite.
    Se você tem dificuldade para dormir, experimente ouvir músicas relaxantes. Pare de utilizar dispositivos eletrônicos pelo menos quinze minutos antes de deitar.

26. Tente se exercitar. 
   Estudos revelam que o estresse pode ser reduzido consideravelmente com um regime de exercícios regulares. A produção de endorfinas no organismo aumentará, o que contribuirá para a sensação de positividade.
      Você não precisa se matar correndo uma hora por dia! Pratique exercícios que o agradem. Isso pode incluir ioga, artes marciais e outras atividades. Até mesmo a jardinagem pode dar um ânimo em sua energia

27. Converse com um amigo ou familiar de confiança. 
    Encontre alguém em quem confie e converse sobre a tricotilomania. Se não for capaz de falar sobre o assunto em voz alta, escreva um e-mail. Se tem medo de conversar sobre a doença especificamente, discuta pelo menos seus sentimentos.
      Você também pode informar seus amigos e familiares dos gatilhos. Desse modo, eles podem ajudá-lo em situações que podem estressá-lo. Eles também podem ajudá-lo a encontrar comportamentos alternativos.
      Peça um reforço positivo quando as pessoas o verem realizando alternativas saudáveis aos puxões de cabelo.

28. Converse com um profissional de saúde mental. 
    Um psicólogo pode ajudá-lo a encontrar modos de lidar com o transtorno. Esse profissional também pode conversar sobre qualquer depressão ou transtorno que possa estar contribuindo para o problema.
     Se sentir que essas visitas não o estão ajudando, procure outro profissional. Você não está preso a um médico. É importante encontrar alguém que se conecte com você e que pareça estar disposto a ajudá-lo.
      Os tipos de terapia que podem ajudá-lo incluem a terapia comportamental (principalmente a de treinamento de reversão de habilidades), a psicoterapia, a psicoterapia psicodinâmica, a hipnoterapia, a psicologia comportamental-cognitiva e, possivelmente, o uso de medicamentos antidepressivos.

29. Converse sobre medicamentos com o médico. 
    Existem diversos remédios comprovadamente eficazes no tratamento da tricotilomania. Fluoxetina, Aripiprazol, Olanapine e Risperidona são medicamentos utilizados no tratamento do transtorno. Essas drogas ajudam a regular as substâncias químicas no cérebro para reduzir a ansiedade, a depressão e outras emoções que podem desencadear as puxadas de cabelo.

30. Consulte um grupo de apoio na internet ou no telefone. 
    Se você não tem acesso imediato a um profissional de saúde mental, existem outras fontes que podem ajudá-lo. O site SOS Tricotilomania possui um grupo de apoio virtual.

31. Observe determinadas ações ou reações que sinalizem o transtorno. 
     A tricotilomania é considerada oficialmente um transtorno de controle de impulsos na mesma linha da piromania, da cleptomania e da compulsão por jogos de azar. Se você sofre de tricotilomania, você pode agir ou reagir de certos modos ao arrancar os cabelos. Esses modos podem incluir:
  •     Mastigar ou comer os cabelos arrancados.
  •     Esfregar os fios arrancados pelos lábios ou pelo rosto.
  •     Um aumento na tensão imediatamente antes de arrancar o cabelo ou ao resistir ao comportamento.
  •     Prazer, gratificação ou alívio ao arrancar os fios.
  •     Pegar-se arrancando os fios sem perceber (o modo conhecido como "automático" ou          "involuntário").
  •     Reconhecer que está puxando os cabelos deliberadamente (o modo conhecido como "focado").
  •     Utilizar pinças ou outras ferramentas para arrancar os fios.

32. Reconheça os sinais físicos do transtorno
  Podem haver alguns sinais que entregam que uma pessoa pode estar sofrendo de tricotilomania, que podem incluir:
  •     Perda notável de cabelos causada pelo arranchamento recorrente dos fios.
  •     Áreas calvas no couro cabeludo ou em outras regiões do corpo.
  •     Falhas nas sobrancelhas ou nos cílios.
  •     Infecção nos folículos capilares

33. Observe se você apresenta outros problemas físicos compulsivos
    Algumas das pessoas que arrancam os cabelos também roem as unhas, chupam os dedos, chacoalham a cabeça ou arranham a própria pele.
    Monitore esses comportamentos por diversos dias para ver se eles são habituais. Perceba quando eles ocorrerem e por quanto tempo os está repetindo.

34. Avalie se você possui qualquer outro transtorno. 
    Determine se a tricotilomania é o único transtorno que o afeta. As pessoas que arrancam os cabelos compulsivamente podem sofrer de depressão, transtorno obsessivo compulso, síndrome de Tourette, transtorno bipolar, fobias, transtornos de personalidade e, em alguns casos, podem apresentar tendências suicidas. Visitar um médico ou profissional de saúde mental pode ser útil para determinar a existência ou não desses transtornos.
      Entretanto, é complicado dizer qual transtorno está causando o outro. A perda dos cabelos está causando a depressão através do desejo de isolamento por conta da vergonha que está sentindo?
   Normalmente, a recuperação completa da tricotilomania requer o tratamento de qualquer transtorno coexistente.

35. Entenda que esse transtorno é uma forma de automutilação. 
    Não se convença de que não há nada errado e de que esse comportamento é "normal". A tricotilomania pode ser considerada uma forma de automutilação, mesmo que não seja tão comentada quando as outras formas. Esse pode se tornar um comportamento viciante e, com o tempo, será cada vez mais difícil interrompê-lo. Por isso é importante controlá-lo o mais cedo possível.

Nota (*) O abuso de drogas e álcool pode surgir decorrente da tricotilomania, pois a pessoa busca um modo de fugir da vergonha, da infelicidade e da culpa envolvidas. Se acredita estar começando a beber demais ou usar drogas, procure ajuda.

Lembretes:
1.  Enfrente as coisas que você tem medo tão freqüentemente quanto possível. Lute contra os pensamentos que o fazem acreditar que essa vontade é maior que você. Esse pensamento está tão carregado de mentira quanto de comodismo.

2.  Se você sente que necessita fazer algum ritual - brincar com as raízes, entreter-se com pêlos pubianos (já que você ñao quer aumentar ainda mais as áreas de alopécia que já existem na sua cabeça.) não o faça.

Fontes:
http://tricotilomaniaonline.tripod.com/id10.html
http://pt.wikihow.com/Lidar-com-a-Tricotilomania#
http://www.chegadequeda.com.br/tricotilomania/

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